Capital

Antes de dormir sozinho, passou perfume. Pra agradar a si próprio. O cheiro, captado pelo nariz, tava bom. Poderia não ter usado. Fez diferente por impulso. Gostou bastante, mas lembrou do capital investido num produto que, naquele momento, não atingia exemplares do sexo oposto. Na noite seguinte, na dúvida, usou de novo. Adotou a conduta dali em diante. Quando esquece, fica tranquilo. Só tem medo de que, justo numa exceção dessas, apareça de repente uma mulher disposta a compartilhar a cama. Pediria licença pra botar. A acompanhante, nesse caso, esperaria. Conheceria Fabiano e tiraria conclusões. Saberia que não toma banho de manhã.

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