Recado
Fez o que não gosta que façam. Silêncio. Sepulcral, magoou Lorena. Queria satisfação. Resposta positiva pros anseios. Perguntou de novo. Insistiu. Brigou só, chiou e mandou recado. Já esteve do outro lado. Angustiado, deprimido. Suplicava atenção. Agora mudou. É cobiçado. Como não gosta, desdenha. Explica calado. Poderia falar amenidades, fingir interesse e dar esperanças. Passou um dia. Dois, três. Dúvidas acumuladas. A moça, sem confirmação oficial do descaso, abandonou o orgulho. Pra ter razões. De preferência, boas notícias. Impossibilidade real. Um imprevisto que justificasse o mutismo repentino. O rapaz, indisposto, pensou no assunto. No que seria caso dissesse. No futuro compartilhado, mentiras e desculpas pra não ver. Até cansar. Das opções, prefere essa. Deixa quieto e sente pelo transtorno.
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Forte!
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