Henrique
Construído às pressas, o disco voador chegou ao destino na parte da tarde. Netuno, o rei, estava a bordo. Passou mal logo de cara e pediu pra voltar. Sentiu falta de água salgada. Autorizado pelo chefe, entrou num meio de transporte e desapareceu. A tripulação tinha tarefas a cumprir. Jogavam sueca na rua quando avistaram o animal inconsciente. Sem cérebro, no sentido literal, é desprovido de instinto. Executa movimentos aleatórios e toma atitudes inexplicáveis. É gigante, tem barba e tem dentes. Partiu desgovernado pra cima de Henrique. O astronauta ingênuo, que desconhecia a espécie, quis dialogar. Foi esmagado. Os sobreviventes correram pra dentro da nave. O alienígena vinha em alta velocidade, tropeçou e caiu em cima do veículo. O impacto abriu um buraco no solo. Os visitantes, lá no fundo, perderam um tempo matutando antes de sair. Escaparam e contra-atacaram. Vestidos de cavalheiros da ordem à qual pertencem, montaram uma armadilha pro bicho acéfalo. Deu certo. Como previsto, a vítima não reparou no material pastoso. Derrapou até o abismo do planeta e despencou no espaço sideral. Por sorte, bateu numa estrela que não é cadente e passou a viver onde parou. Os heróis continuam metidos na expedição. Netuno, preocupado, anseia por notícias.
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Rapaz...esses aí vão "pegar carona numa calda de cometa, ver via láctea estrada tão bonita"...rs
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