Zero
Estava com pouco dinheiro pra mandar o telegrama. Eufórica, demorou a entender que, nessas horas, escrever é contar palavras. Te amo. Depois ficou na dúvida, mas já tava feito. Nada de chegar o telegrama de volta. Juntou uns trocados e foi aos correios na semana seguinte. Me ama? Quase indiferente ao silêncio, toca o telefone. Mais um encontro. Olhos nos trejeitos, velhas manias. Foi aí que Aline percebeu a própria insanidade e optou por acabar com a brincadeira. Mais um telegrama. Só que dele pra ela. Luciano queria detalhes. Sem grana pra explicar a mesma coisa de um jeito diferente, decidiu só calcular o prejuízo depois que o texto ficasse pronto. Queria deixar claro que não valeria a pena por causa disso e daquilo. Dois rascunhos, inspiração zero. Se esforçou, pensou, puxou pela memória. Pra resolver tudo de uma vez, deixou pra lá.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Relacionamento no fim é sinistro...
ResponderExcluirManda logo um foda-se.
ResponderExcluirBarato e eficiente..
Belo texto, frito.
Campeão!
ResponderExcluirSe fosse uma mulher escrevendo, não conseguiríamos ler tudo em um dia... rs
Abriass
Excelente!
ResponderExcluirEsse é da série "love story"?
Opinião bem suspeita, mas homens...rs!
ResponderExcluirMais um ótimo texto!
bjss
Gosto muito da sua maneira de escrita, muito mesmo.
ResponderExcluirMas sempre fico impressionada com os seus finais.
Faz tudo muito sentido.
:)
Parabéns.
Bem o estilo de vcs mesmo... rsrs
ResponderExcluirboa xará
Então, antes do fim, fez-se o silêncio.
ResponderExcluirAbração,
Gutoooo.