Bala
De propósito, acertou a si próprio com uma bala de verdade. Depois disso ficou parado esperando pra ser conduzido aos locais de praxe. Dois dias seguidos de abandono. Sem reclamar de nada, foi carregado no colo, higienizado e levado até o carro de aspecto sombrio. Janelas abertas, não sentia o vento nem ouvia o barulho. Nenhuma palavra durante todo o trajeto. Cuidadosamente retirado do veículo, mal sabia que seria exposto à companhia de parentes e amigos. Olhavam um pouco, saiam de perto e voltavam. Fim das formalidades. Viraram as costas pela última vez. Culpam erros, inércia e divergem quanto ao posicionamento de Luís no momento do disparo. Um palpite. Deitado com a cabeça apoiada no braço do sofá. Ventilador no máximo e música de fundo. Pouca luz.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Pouca luz para Luís...já pro texto, muita luz meu caro. Parabéns.
ResponderExcluirExcelente!
ResponderExcluirSombrio. Sinistro. Mas na medida certa.
ResponderExcluirLuís era uma estrela do rock?
Abraços,
Gutoooo.
Finalmente tomei tenência e resolvi passar aqui!! Imperdível. Virei carola do blog.
ResponderExcluirbeijos
Ê vidão desse Luís!rs
ResponderExcluirMais um texto excelente!
bjs!
Bom posicionamento, só vacilou na hora do gatilho...
ResponderExcluirParabéns meu caro!
Mandou bem nesse, fritete.
ResponderExcluirParabéns...
Boa xará!!
ResponderExcluir=)