Joana
Do jeito que as coisas iam, beijar a menina não era questão de tempo. Até pensou em abrir o jogo pra ver se dava sorte, mas, ao invés disso, preferiu adotar uma tática nada promissora: ficar na dele e esperar que a iniciativa partisse do outro lado. A representante do sexo oposto, que gastava os dias úteis na expectativa pelos inúteis, sequer pensava na existência de Osmar. Dois, três meses e nada. O galanteador de meia tigela então decidiu arregaçar as mangas. Precisava chamar a atenção com algo que fizesse diferença e gerasse algum tipo de admiração em Joana. Para garantir um mínimo de auto-estima, começou pelo tratamento estético. Penteou o cabelo, foi pra academia, comprou perfume e tudo mais. O passo seguinte envolvia interação direta com a moça. Ensaiou algumas frases e, através de um dos meios de comunicação tradicionais, meteu bronca. Foi educadamente descartado. Já estava em outra quando ela ligou para revelar o surgimento do interesse. Tinha muito o que dizer, mas achou melhor deixar barato. Sabe que não consegue tapar as orelhas por muito tempo.
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Sensacional! "...gastava os dias úteis na expectativa pelos inúteis" é irado! Show de pelota, autor!
ResponderExcluirsinistro..
ResponderExcluirBoa camarada...
ResponderExcluirBom!!! Muito bom!!!
ResponderExcluirParabéns irmão!!!
abçooooooo
To sempre identificando figuras conhecidas nesses contos! rsrsrs
ResponderExcluirbeijos
Excelente!
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