Corredores
Nem me pergunte o que acho do cara que fez aquilo com a mulher do amigo. Sei por A mais B da existência de justificativas para a execução de atrocidades, mas certas coisas são demais. Ainda tentei colocar na cabeça do infrator que não valeria a pena correr o risco. Que seria melhor deixar pra lá e continuar de bobeira em casa. Após pedir um copo d’água e calçar as meias, coloquei o tênis errado só pra dar uma enrolada. Levantei do sofá apreensivo. Quando passamos sorrateiramente pelo portão, meu rosto já não escondia o medo de prosseguir. O idealizador da atividade, macaco velho, estava empolgado. Reclamava de minha lentidão enquanto pensava alto nos detalhes. Bem ao seu estilo, proferia frases desconexas ao mesmo tempo em que coçava os braços com olhar fixo em pontos aleatórios. Chegamos e logo dividimos os papéis de acordo com o perfil de cada um. Fiquei com a parte que queria desde o começo. Invadir a casa do camarada e andar pelos corredores é piada perto da utilização do negócio que escorrega para tal finalidade. Logo em seguida pegou a menina pelo braço, andou rapidamente até a esquina e diminuiu o ritmo para atravessar a rua. Só se deu conta do resultado da mancada depois dos primeiros golpes. Corri o quanto pude.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Xi, rapá, acho que vem uma série por aí...
ResponderExcluirSuspense total!
Isso parece o início de uma bizarra aventura...hehehe
ResponderExcluirCadê o resto da história? rs
ResponderExcluirEsse foi o tira-gosto, manda logo a continuação... kkkkkkkk
bjos xará