Busca
Olhou para o lado mas não viu o dispositivo azul com uma luz vermelha brilhante. Assim como os companheiros de espécie quando perdem o que não devem, começou a grande busca. Fuçou o quanto pôde e apelou para os locais mais improváveis. Varredura completa. O nó estava preso na garganta e a avalanche de pensamentos relacionados ao mesmo assunto crescia em progressão não identificada pela matemática contemporânea. Além de não poder compartilhar a sensação com os cidadãos ao redor, precisava manter a linguagem corporal inalterada, as frases articuladas e o senso de humor em dia. Limpava discretamente o suor enquanto os implacáveis minutos passavam sem dó. Quando já não agüentava mais, cochichou com o rapaz ao lado e foi instruído a vasculhar os bolsos e a mochila. Nada feito. Seguiu então para o banheiro e fechou os olhos para tentar completar mentalmente o trajeto entre o último instante em que via e o primeiro em que não via mais o dito cujo. Nada feito de novo. Os dias se sobrepunham constantemente e o protagonista era periodicamente acometido por lampejos que o lembravam da perda. Pelo menos o mal estar diminuía ao passo em que os dias viravam meses e assim por diante.
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É, nobre. Esse é um caso claro de "chooora, neném". Mas nada como um dia após o outro mesmo...
ResponderExcluirBjs molhados!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirChora, meu bem!
ResponderExcluirEssa parece que foi feita sob medida para o Leandro... rs
ResponderExcluirÉ clássico dele!
Mto bom!!
bjossssssssssss
É caramarada...dentre a lista infinita de erros que um ser humano esta susceptível a cometer, esse é um deles...
ResponderExcluirRapaiz, quem nunca foi o sujeito dessa história triste meu ínclito camarada? Belo texto chefia! Abraços!
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