Pães
Aqueles pães de forma não queriam ir pra torradeira, não gostavam de manteiga e tinham pavor de serem deglutidos pelo cara nojento da padaria. Estavam tensos. Sabiam que aquela poderia ser a última noite. O tempo passava e ninguém ajudava. Se pudessem, empurrariam uns aos outros para cima do tabuleiro. Um deles se limitava a olhar para baixo. Sem autoconfiança, perdida no momento em que percebeu ser o único sem dois lados iguais, sofria por antecipação. Se fudeu também, é verdade, mas quase escapou. O nojento estava esfomeado naquela manhã. Quando pensou em parar, continuou. Apesar de ser da linhagem mais resistente, aquele pãozinho agia como um coitado. Morreu sem saber que era especial.
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... e não confunda nódoa na mão com códoa de pão!
ResponderExcluirAbr@cos, PXT.
Como a maioria dos pães acaba morrendo, né, jovial? Maior merda isso...
ResponderExcluirBueno texto, cabrón!
Besitos!
Que nada, foi feito pra isso, acho que morreu conformado !
ResponderExcluirhauhauhauhuahua esse foi o melhor!!
ResponderExcluirFiquei até com pena de comer pão agora! rs
camarada:
ResponderExcluirSeus textos são como printuras contemporâneas, onde cada ser humano que olha, vê um distinto significado. Pra fazer isso com algo tão claro quanto as palavras, o cara tem que ter talento.
Parabéns pela arte, broco. Keep walking!
Assa Sinhóra!!
ResponderExcluirBelo texto, sucééééééésssssssssssssooooooooooo!!!
Abraços.
uAHuHauhUAhuHauhAahAHu muito bom cara. Nunca tinha pensado no pao desse ponto de vista... fiquei com epna kkkkkkk abs
ResponderExcluirBom texto leke e engraçado também! só fiquei com pena do paozinho!!rsrs
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