Galho

Distante de tudo, tudo mesmo, estava o galho. Ofegante, o jovem milagre mal podia se conter. Foi tiro e queda. A bala percorreu alguns quilômetros desde a longínqua terra dos malfeitores até o terreno baldio. Boa pistola. Precisão e persistência unidas em prol do envio do graveto ao limbo. Minutos antes, embebido em seivas bruta e elaborada, nosso herói desafiava o destino. Estava, porém, preso ao solo, aglomerado de minerais capaz de perpetuar qualquer vegetal em um lugar específico. A paralisia, inimiga mortal do desvio, encarregou-se de garantir a mera observação da chegada lenta e gradual do projétil. Já no Éden, livre para permanecer na mesma insossa vida de outrora, a inerte haste exibe um sorriso amarelo, marcado pelo menosprezo aos que menosprezam a importância da unidade para o todo.

10 comentários:

  1. Muito boa essa do galho, Monteiro. Mete bronca!

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  2. Mais uma vez muito manero camarada...Prazer ler o que se passa nesse "cabeçote"...sem conotações por favor...

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  3. Como é criativo esse menino...
    Dá onde tira tanta inspiração?? risos

    Amei o texto!
    beijos
    =)

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  4. Fred Fredolino Frido1 de julho de 2009 às 10:16

    Saudoso Hugalho..

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  5. Renatô, fiquei superfeliz de conhecer o seu blog e saber que você decidiu divulgar os seus - ótimos - textos. Vai em frente!

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  6. Já li alguns dos seus textos algumas vezes e a cada releitura sinto um enorme orgulho de você.
    Parabéns, meu filho!!!

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  7. Muito maneiro cara! impressionante como você consegue fazer uma episódio simples se tornar uma aventura, me amarrei! abração!

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  8. Renato muito legal mesmo! cada texto faz a gente viajar!!rs..parabéns de novo!!

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  9. Muito interessante.Gostei muito!
    Parabéns, meu netinho!

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  10. Gosto de ver que em seus textos vc descreve como um grande observador, que olha como se a história fosse parte de cada elemento da natureza, dando-lhes a vida na dimensão perfeita.Muito bom!!!

    Tio Kiko

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