Galho
Distante de tudo, tudo mesmo, estava o galho. Ofegante, o jovem milagre mal podia se conter. Foi tiro e queda. A bala percorreu alguns quilômetros desde a longínqua terra dos malfeitores até o terreno baldio. Boa pistola. Precisão e persistência unidas em prol do envio do graveto ao limbo. Minutos antes, embebido em seivas bruta e elaborada, nosso herói desafiava o destino. Estava, porém, preso ao solo, aglomerado de minerais capaz de perpetuar qualquer vegetal em um lugar específico. A paralisia, inimiga mortal do desvio, encarregou-se de garantir a mera observação da chegada lenta e gradual do projétil. Já no Éden, livre para permanecer na mesma insossa vida de outrora, a inerte haste exibe um sorriso amarelo, marcado pelo menosprezo aos que menosprezam a importância da unidade para o todo.
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Muito boa essa do galho, Monteiro. Mete bronca!
ResponderExcluirMais uma vez muito manero camarada...Prazer ler o que se passa nesse "cabeçote"...sem conotações por favor...
ResponderExcluirComo é criativo esse menino...
ResponderExcluirDá onde tira tanta inspiração?? risos
Amei o texto!
beijos
=)
Saudoso Hugalho..
ResponderExcluirRenatô, fiquei superfeliz de conhecer o seu blog e saber que você decidiu divulgar os seus - ótimos - textos. Vai em frente!
ResponderExcluirJá li alguns dos seus textos algumas vezes e a cada releitura sinto um enorme orgulho de você.
ResponderExcluirParabéns, meu filho!!!
Muito maneiro cara! impressionante como você consegue fazer uma episódio simples se tornar uma aventura, me amarrei! abração!
ResponderExcluirRenato muito legal mesmo! cada texto faz a gente viajar!!rs..parabéns de novo!!
ResponderExcluirMuito interessante.Gostei muito!
ResponderExcluirParabéns, meu netinho!
Gosto de ver que em seus textos vc descreve como um grande observador, que olha como se a história fosse parte de cada elemento da natureza, dando-lhes a vida na dimensão perfeita.Muito bom!!!
ResponderExcluirTio Kiko